O PESO DO FAST-FOOD - BRUNA MAKSYM PARA O JORNAL ZERO HORA
Na correria diária, o hábito de fazer uma refeição saudável tem ficado para traz
Que tal sair para almoçar? E como prato principal, um sanduíche de três camadas de hambúrguer e um milk shake de morango, coisa rápida, fast-food.
Gordura e açúcar você já tem, e com certeza, uns números a mais na balança, na taxa de glicose e colesterol também.
É o que revela uma pesquisa realizada pela empresa britânica The Oxford Research Agency (Tora), a qual constatou que 40% dos brasileiros aumentaram seus gastos com comida e bebida no último semestre e que 33% estão mais pesados que há um ano. Entre os entrevistados, 25% afirmaram consumir fast-food freqüentemente, índice próximo ao dos norte-americanos, com 28%.
De acordo com o levantamento, o Brasil só fica atrás da China no ranking de consumo desses produtos. Aqui, apenas 18% dos entrevistados disseram pesar menos que há um ano. Foram investigados os hábitos de consumo de alimentos em seis países e ouvidas 1.534 pessoas.
Parte integrante dos números da pesquisa, o locutor de rádio, Edimar Novakoski, 25, conta que seu gasto mensal com comidas rápidas é em média R$ 300,00, e afirma que se alimenta assim por não ter tempo para uma refeição regrada. “Já pensei em mudar de hábito várias vezes, mas ainda continuo sem tempo e não consegui pensar em nada que solucionasse essa deficiência no meu horário de trabalho”, comenta. Além disso, o locutor afirma ter percebido pequenas alterações em sua saúde. “Algumas mudanças no organismo já são perceptíveis, mas nada demais, por enquanto”, respondeu aos risos.
Esse tipo de alimentação, segundo a professora Silvia Ortigoza, que realizou uma pesquisa sobre o novo hábito de consumo de fast-food e a mundialização do gosto, é um reflexo do capitalismo, mais comum nos meios urbanos, pelo fato de uma refeição assim acompanhar o mesmo ritmo do mercado globalizado. “A partir de sua disseminação, o fast-food impõe seu ritmo ao tempo e ao espaço dedicados à alimentação, que passam a entrar em sintonia com as novas exigências da sociedade”, afirmou em pesquisa pela Unicamp.
Contudo, segundo publicações do Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região (CRN-8), esse tipo de alimentação pode desencadear a obesidade, que traz consigo cerca de 60 tipos de doenças crônicas, como hipertensão arterial e diabetes tipo dois. Mas na concepção da comunicadora Regina Meister, o consumo deste tipo de alimento nem sempre pode ser julgado. “Acho que se for hábito é ruim, mas de vez em quando não tem problema”, relata Regina.
Porém, a nutricionista Bruna Maksym ressalta que uma dieta balanceada, com alimentos bem preparados e selecionados, com menos gordura, não serve apenas para quem quer emagrecer, mas para quem quer manter o peso adequado, o fortalecimento muscular e o bom funcionamento dos órgãos, garantindo uma vida mais saudável.
CORRELATA
Por Rafael Giuvanusi
Benefícios de uma alimentação balanceada
Mesmo com a falta de tempo para elaborar uma boa dieta alimentar, profissionais das mais diversas áreas da saúde ressaltam a importância de uma alimentação regrada, baseada em nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo, de forma a evitar baixa imunidade e o desencadeamento de doenças crônicas, por vezes, sem cura.
É o que a nutricionista Bruna Maksym relata. Segundo ela, o organismo necessita de 13 vitaminas básicas para manter seu bom funcionamento, como as mais conhecidas A, C e B12. "Elas são essenciais, ou seja, devem ser consumidas diariamente em quantidades adequadas e recomendadas para o ser humano se manter saudável, mantendo assim a imunidade elevada e evitando uma série de doenças". Bruna ainda afirma que com uma alimentação equilibrada, é possível suprir todas as necessidades diárias de vitaminas que o corpo humano exige.
Porém, um prato não é só feito de vitaminas. Carboidratos, proteínas, fibras, lipídios e minerais também devem participar da sua refeição. E como saber se há realmente tudo isso no seu prato? A nutricionista afirma que a regra é fácil e básica. “Uma forma fácil de montar uma refeição variada é montar o prato conforme as cores dos alimentos, quanto mais colorida a refeição, mais variedade de nutrientes há nela”, orienta.
Na contramão dessas orientações, o auxiliar de patrimônio Weslei Brochier conta que não se atenta ao fato de compor a refeição de forma consciente e equilibrada. “Simplesmente me sirvo com o que acho que vai me satisfazer”, comenta. Além disso, Brochier faz somente três refeições por dia, contrário à recomendação do Ministério da Saúde (MS) de pelo menos cinco. “Não tomo café da manhã, almoço, como alguma coisa à tarde algum lanche à noite, na faculdade”, explica.
De acordo com os dez passos para uma boa alimentação do Ministério da Saúde, essa atitude não é saudável e pode ser danosa em mais de um aspecto, como reafirma a nutricionista. “Durante o período em que o indivíduo permanece no trabalho ou escola, geralmente fica longos períodos sem se alimentar, e acaba tendo carência de nutrientes por curto prazo de tempo. Isso pode acarretar em cansaço, fadiga, insônia, irritabilidade, fraqueza e principalmente dificuldade na concentração. Afetando assim o seu desempenho profissional ou escolar”, reitera.
Para que isso não aconteça, Bruna recomenda levar frutas, sanduíches naturais e barras de cereais para suprir as necessidades de nutrientes. Se mesmo assim, ainda não há tempo disponível para toda essa organização alimentar, o jeito é partir para um senso comum. Tanto Brochier como o Ministério da Saúde e a nutricionista Bruna Maksym concordam em um aspecto: o mais tradicional prato brasileiro, arroz com feijão, bife e salada, é a melhor solução.
Expediente
Publicação: Jornal Marco Zero com distribuição gratuita no ultimo dia 10 de Abril
R. do Rosário, 147
Fone: (41) 2102-7925 / 2102-4928
Nutricionista entrevistada: Uma grande amiga, Bruna de Paula Maksym, saiba mais sobre o tema ou agende uma consulta.
Mail - brunapmaksym@yahoo.com.br
Fone: (41) 9637-0451
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