LEITE CONTAMINADO NO PARANÁ E SÃO PAULO – NOVAMENTE!

Investigação do MP apontou 300 mil litros de leite Parmalat e Líder tinham formol


As duas "Marcas" que receberam o leite contaminado
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O Ministério Público do Rio Grande do Sul afirmou, nesta sexta-feira (14), que 300 mil litros de leite adulterado com formaldeídos (formol) foram postos a venda nas cidades de Guaratinguetá em São Paulo e Lobato no Paraná, respectivamente, em embalagens com as marcas Parmalat e Lider, de propriedade da empresa LBR Lácteos.

Na manhã desta sexta-feira, técnicos e servidores do Ministério Público, com apoio do Ministério da Agricultura, Polícia Civil e Brigada Militar, cumpriram mandados de busca e apreensão em oito municípios do Estado, distribuídos em diferentes regiões. 

Esta etapa da investigação nomeada como “Leite Compensado” foi iniciada no mês de fevereiro quando o Ministério Público recebeu documentação do Ministério da Agricultura noticiando que 12 amostras de leite cru, coletadas no posto de resfriamento do Laticínios "O Rei do Sul", localizado em Condor (RS), indicaram a presença de formaldeídos (formol), substância cancerígena.

Conforme o MP, parte deste leite impróprio foi entregue à empresa LBR, de Tapejara (RS), que colocou 100 mil litros do produto à venda no mercado em Guaratinguetá em embalagens com a marca Parmalat, e 199 mil litros em Lobato, com a marca Líder.

A primeira edição da operação Leite Compensado começou em maio de 2013. As investigações revelaram um esquema que adulterou mais de 100 milhões de litros de leite.

O Ministério Público descobriu que transportadores estavam adicionando, ao leite cru, água e ureia, substância usada para disfarçar a perda nutricional e que contém formol em sua composição, isso no caminho entre a propriedade rural e a indústria. Dessa forma, conseguiam aumentar os lucros em até 10%.


A LBR afirma que retirou os lotes com suspeita de adulteração do mercado, assim que tomou conhecimento do caso.
Resposta da empresa na integra...

"A LBR Lácteos Brasil S.A. tomou conhecimento em 25 de fevereiro de 2014 da possível contaminação na matéria-prima de um fornecedor, que fora recolhida pelo Ministério da Agricultura em 10 de fevereiro de 2014 nas dependências deste fornecedor.
Assim que tomou conhecimento da possível contaminação na matéria-prima, utilizada na fabricação de seus produtos, decidiu como medida preventiva, mesmo sem ter identificado anormalidades nos sucessivos testes realizados, recolher os lotes de leite UHT do mercado. 
Esta matéria prima foi recebida na unidade de Tapejara (RS) e depois de ser aprovada em todos os testes de qualidade previstos na legislação, foi enviada para processamento nas unidades de Lobato (PR) e Guaratinguetá (SP), que são abastecidas rotineiramente por leite originado no Rio Grande do Sul.
Nestas unidades foi novamente submetida aos testes exigidos pela legislação sem a detecção de qualquer anormalidade e foi utilizada na fabricação de leite UHT, nas 24 horas após o seu recebimento.
Todos os produtos expedidos passaram novamente pelos mesmos testes, conforme o procedimento interno da empresa de dupla checagem para a garantia total dos produtos.
Tendo recebido no dia 28 de fevereiro a ordem de recolhimento cautelar do leite UHT fabricado em Lobato (PR), a LBR decidiu como medida preventiva, mesmo sem ter identificado anormalidades nos sucessivos testes realizados, recolher do mercado os lotes deste leite UHT, que também foi enviado para a análise oficial do Ministério da Agricultura.
E ainda, preventivamente, enviou amostras do mesmo lote ao Laboratório Credenciado do Mapa para análises externas, que atestaram a qualidade do produto, validando todos os testes internos.
Estes lotes estavam distribuídos em cidades do estado do Paraná. Neste caso, a coleta das amostras pelo Mapa ocorreu apenas no dia 13 de março.
No caso da fábrica de Guaratinguetá (SP), o Ministério da Agricultura, por solicitação da empresa, recolheu amostras do leite UHT produzido e procedeu a realização de análises em laboratório oficial, análises estas que resultaram negativas para a presença da substância formaldeído, estando portanto o lote de produtos apto para o consumo, conforme laudo em poder da empresa.
Apesar disso, ao receber a ordem de recolhimento cautelar do Ministério da Agricultura no dia 11 de março de 2014, também procedemos ao imediato recolhimento dos produtos encontrados no mercado.
A empresa considera assim, que cumpriu com todos os procedimentos exigidos pela legislação e observou as cautelas aplicáveis ao caso.
A LBR reforça seu compromisso com a qualidade e o respeito com os consumidores. A empresa realiza permanente controle no recebimento de matéria-prima e em todo o processo produtivo, seguindo os mais altos padrões de qualidade, de forma a garantir a integridade dos produtos que disponibiliza aos consumidores de suas marcas."

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