PROTEÍNA X HIPERTENSÃO
Suplementação de proteínas tem efeito benéfico na hipertensão

Foram avaliados 352 adultos com pré-hipertensão ou hipertensão estágio 1. Que foram distribuídos aleatoriamente para receberem três tipos de suplementação, durante oito semanas, com intervalo de 3 semanas entre elas: 1º 40g/dia de proteína de soja, 2º 40g/dia de proteína do leite e 3º 40g/dia de carboidratos de alto índice glicêmico (contendo sacarose, frutose e maltodextrina).
Os participantes foram avaliados duas vezes a cada período de intervenção, sendo medida a pressão arterial. Tanto a suplementação com a proteína da soja quanto da proteína do leite, quando comparados com a suplementação de carboidratos, foram significativamente associados com redução da pressão arterial sistólica, porém não houve diferença significativa entre elas. A pressão arterial diastólica também foi reduzida, mas essa mudança não atingiu significância estatística.
Segundo os autores “Este é o primeiro estudo que teve o objetivo direto de comparar o efeito de proteína vegetal (soja), proteína láctea (leite) e carboidratos sobre a pressão arterial. Estes resultados podem ter implicações importantes na prática clínica, pois estima-se que a redução de 2mm Hg da pressão arterial sistólica pode levar a uma redução de 6% na mortalidade por acidente vascular cerebral (AVC) e diminuição de 4% na mortalidade por doença cardíaca coronariana”.
“Mais estudos são necessários para examinar o efeito de várias proteínas dietéticas sobre a pressão arterial, a fim de recomendar um aumento global na ingestão de proteína como parte de uma estratégia de intervenção nutricional para a prevenção e tratamento da hipertensão”, concluem os autores.
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